O gato PERSA ~ PERSIAN
Uma das mais antigas raças de gato, também chamado Longhair, ou Shiraz (Shirazi). Parece ter surgido na antiga Mesopotamia, depois conhecida como Pérsia e atualmente Irã. O pêlo muito longo característico dessa raça deve ser resultado de uma mutação natural. Sua beleza particular chamou atenção do nobre italiano Pietro Della Valle, à quem é creditado a importação dos primeiros exemplares, em 1626 da cidade de Khorasan. Foram trazidos nas caravanas, em lombos de dromedários, para a Europa no século XVII junto com especiarias e mercadorias daquela região. Eram animais de luxo, sendo criados nas cortes da Inglaterra, França e Itália - foram favoritos da Rainha Vitória, por exemplo. Naquele tempo, todos Persas tinham pêlos brilhantes, sedosos, de cor cinza. Ao mesmo tempo eram trazidos elegantes gatos brancos de pêlos longos da cidade de Angorá (atualmente Ankhara, na Turquia) para a França por Nicholas-Claude Fabri de Peiresc. Esses gatos seriam também requisitados pelos nobres ingleses... Até o final do século XIX, quando criar e expor os gatos foi tornando-se popular, todos gatos de pêlos longos vindos da Pérsia, Turquia, Afeganistão e outras localidades exóticas eram simplesmente rotulados como "Gatos da Ásia" e muitas vezes cruzados uns com os outros.
Na Exposição Felina do Crystal Palace em 1871, gatos similares ao Persa estavam entre as raças exibidas. Como eram muito amados pela Rainha, tornaram-se símbolos desejados de status como animais de celebridade e desbancaram o belíssimo Angorá Turco na preferência do público. Os Bicolores foram aceitos em Shows bem mais tarde, mesmo tendo participado da criação desde muito, devido à mutação para manchas brancas ser muito comum entre os gatos europeus. Na Ilha não tinham a mesma popularidade que os Azuis (Blue) e os Pratas (Silver).
No ínicio dos anos 1900, os EUA importaram Persas da Grã Bretanha. A Sra. Clinton Locke (Lockehaven) foi uma das pioneiras na criação e profícua em títulos, como os de seu gato macho prata "Lockehaven Smerdis", sua fêmea azul Melrose Lassie (1901) e seu macho azul Romaldkirk Lupin. Rapidamente, o Persa substituiu o Maine Coon como o preferido pelos estadunidenses...
Em 1909 um livro sobre gatos - Everybody's Cat Book - é publicado e a autora Dorothy Bevill Champion nos fala: "Nossos gatos com Pedigree de pêlos longos importados são atualmente uma cruza do Angora com o Persa; o último possui uma cabeça mais arredondada que o primeiro, também a pelagem é de uma diferente qualidade." Ela prossegue explicando que o casaco dos Persas consiste de um subpêlo lanoso, que é perdido quase todo durante o verão, e uma capa de pêlos ainda mais longos e densos, mais curtos sobre os ombros e coxas. Já o dos Angorás são mechas de pêlos muito longos e macios, "tendendo a ser um pouco ondulados na barriga", sem a perda de comprimento nos ombros e coxas notadas no Persa - o que a autora cita como melhoria - mas também diz que essa raça "perde para o Persa em relação à cabeça" por esta ter o formato de cunha e o formato das dos Persas ter mais apelo. Bell nos fala que a cruza dos Angoras com Persas lhe parece benéfica pois melhora cada uma das raças, mas ressente-se de que os gatos de pêlos longos de 1909 pareçam muito mais Persas que Angorás... A autora também lamenta a falta de distinção entre os vários tipos de gatos de pêlos longos pelos criadores ingleses que em 1887 juntaram todos sob o termo genérico "Long-haired Cats".
Atualmente são a raça mais popular no Mundo, aceita em todas as cores. O boom de popularidade veio com as primeiras Exposições, já nos fins do século XIX. Desde lá essa raça vem sendo manejada para exibir uma série de qualidades únicas, que hoje são sua marca registrada. Os primeiros persas registrados já faziam menção à "Cabeça arredondada, face curta, nariz arrebitado e fundo, bochechas redondas e cheias e corpo atarracado com peito profundo".
Esses traços característicos foram selecionados através de séculos de criação meticulosa: cabeça braquicéfala com testa arredondada, crânio pouco profundo e largo, face em forma de amor-perfeito, nariz muito curto e com "stop" pronunciado (arrebitado) alinhado com a altura dos olhos grandes e redondos, bochechas grandes, orelhas muito curtas, corpo maior que o médio, pesado, maciço, com ossos possantes, curtos e grossos nas pernas, como troncos de árvore, pelagem muito longa, densa e fofa, cauda curta e muito peluda. Essa pelagem podem ter duas texturas diferentes conforme principalmente a cor: para pretos e vermelhos é muito sedosa, brilhante e resistente, para cremes e azuis é mais macia, branda, algodoada sendo que enosa e mancha mais facilmente. Os gatos de cor branca podem ter qualquer uma dessas texturas.
Não devem ser criados soltos na rua, devido a sua intensa domesticação e seleção como animal de colo, de companhia, tendo perdido grande parte dos instintos e condições de saúde para subsistir sozinho no ambiente. Persas abandonados à própria sorte raramente passam dos 4 anos de idade...
Preferem o chão para se locomover e brincar, e móveis com pouca altura onde possam se deitar bem relaxados, aguardando quando você terá tempo para lhes dar. Tem uma natureza doce, gentil e se acostumam facilmente com seu novo lar, sendo bastante independentes e auto-suficientes. Persas são animais sossegados, que amam a rotina e preferem a calmaria e o hábito da rotina, sem barulheiras ou correrias. São perfeitos para se deixar pentear, mas não são chegados a brincadeiras truculentas de crianças. Ainda assim irão gostar de perseguir um brinquedo vez ou outra. Ou participar de uma encenação de chá da tarde ou casinha. Ou se deixar dormitar num colo. São afetuosos com os tutores, mas reservados com estranhos, gostando de eleger as pessoas em quem confiar. Bastante quietos, preferem se comunicar pelo olhar com seus humanos. Extremamente inteligentes e por isso se tornam queridinhos também fora do lar, nos ringues de Exposição.
Necessitam cuidados diários com o casaco para que não haja formação de nós. A escovação deve ser feita com pente de metal para desembaraçar a pelagem e prevenir que o animal tenha sérios problemas com bolas de pêlo no estômago e intestino. O grooming completo para um look deslumbrante inclui uma grande gama de produtos e escovas. Também é preciso acostumar desde cedo os filhotes com a rotina dos banhos, sendo que a secagem final deve ser feita com secador de cabelos e pente. Um banho mensal é recomendável, e é aconselhado o uso de um bom condicionador para hidratar a pelagem. Seus olhos tendem a lacrimejar pelo formato e tamanho, sendo necessária a limpeza todos dias. Igualmente é preciso uma rotina consistente de escovação dos dentes para evitar problemas na gengiva que levariam a perda de dentes e outros problemas de saúde mais sérios e halitose.
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FICHA RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DA RAÇA PARA TUTORES ______________________________________________________________________
Conforme os sites: http://cattime.com/cat-breeds/persian-cats#/slide/1 http://www.vetstreet.com/cats/persian#1_ugw20zmq
Adaptabilidade 5/5
Nível de Energia 1/5
Nível de Afeição 5/5
Dificuldade de manutenção (Grooming) 5/5
Quantidade de Queda de Pêlos 5/5
Saúde em Geral 2/5
Potencial para Brincadeiras 2/5
Tendência a Vocalizar 3/5
Necessidade de Sociabilizar 4/5
Relacionamento com a Família 3/5
Amigável às Crianças 2/5
Amistoso com Estranhos / Visitas 2/5
Relacionamento com outros Pets 2/5
Inteligência 3/5
Vitalidade: 10 a 15 anos
Problemas de Saúde comuns à Raça:
Problemas respiratórios ou respiração barulhenta, difícil - conformação do nariz e narinas. Má oclusão dentária, ou seja, mordida incorreta - tipo braquicéfalo, mais propenso a este defeito. Lacrimação excessiva e entropia - olhos grandes e muito expostos ao ambiente e sujidades. PRA - Atrofia Progressiva da Retina Maior sensibilidade ao calor - densidade do subpêlo e tipo braquicéfalo que dificulta aeramento e resfriamento do corpo. PKD (Doença do Rim Policístico) - deve-se testar geneticamente os pais. HCM - Cardiomiopatite Hipertrófica. Tendência à Cistite e pedras na Bexiga. Predisposição à dermatofitoses (fungos), mas tomar especial cuidado com o remédio de princípio ativo Griseofulvin, que causa efeitos colaterais na raça. Seborréia oleosa (condição de pele que causa coceira, vermelhidão e perda de pêlos).
Dados de seguradoras para Pets da Suécia indicam que a média de longevidade do grupo dos Persa (Persians, Chinchilla, Himalayan e Exotic) é de cerca de pouco mais de 12.5 anos. Deste grupo 76% viveram 10 anos ou mais, 52% viveram de 12,5 anos para cima. Dados da Inglaterra coletados das clínicas veterinárias mostram uma longevidade entre 12–17 anos, com média de 14.1 anos.
O Persa moderno tem a cabeça braquicéfala (como o buldoque entre os cães) e essa conformação traz dificuldades respiratórias, problemas oculares e difu=iculdade no nascimento. Pode haver respiração curta. A má formação dos dutos lacrimais causa demasia de lágrimas escorrendo pela face. Entrópio - que é a má formação das pálpebras e leva há inflamações do olho e desgaste da córnea. Quanto ao trabalho de parto é infelizmente comum problemas ou dificuldades anormais, sendo que um estudo veterinário demonstrou um índice de cerca de 16.1% a 22.1% de mortalidade para recém-nascidos e um estudo mais antigo, de 1973, fala em taxas de 29.2% de mortes entre filhotes.
No Reino Unido, os padrões da raça foram alterados pela associação de criadores Governing Council of the Cat Fancy (GCCF) na década de 90 para desqualificar animais cuja ponta superior do couro do focinho esteja acima da base dos olhos. Fora esta Associação, cuja postura foi mais radical e clara, tanto a TICA quanto a FIFe somente pedem que as narinas sejam abertas, sendo que a FIFe diz que o nariz deve possibilitar "livre e fácil passagem do ar." Na Alemanha, o Animal Welfare Act proíbe a reprodução de gatos braquicéfalos cuja ponta do nariz esteja acima da pálpebra inferior. Persas deveriam ser vigorosos e robustos, hábeis para presirar normalmente e produz somente o normal de lágrimas. Mesmo quando não há outros problemas derivados dessa condição, Persas com a face achatada são hiperseníveis ao calor. Precisam viver em ambiente com temperatura constantemente controlada, no conforto de um ar-condicionado, protegidos dos dias quentes. Também devido a isso, muitas companhias aéreas se negam a transportar a raça no compartimento de Carga, pois há grande possibilidade de adoecimento e até morte.
A PKD causa falha nos rins e afeta gatos adultos, com uma incidência entre 36–49% nesta raça. Os cistos se desenvolvem e crescem no rim ao longo do tempo, substituindo o tecido saudável, funcional, do rim, e o dilatado. Mais tarde, com a maturidade, o rim finalmente dará sinais de falha, ppr volta dos 7 anos de vida em média (entre 3 a 10 anos). Sintomas visíveis incluem: tomar água excessivamente, urinar muito, ter pouco apetite, perda de peso e depressão. A genética dessa doença é autossômica dominante e o teste de DNA é o método preferido para retirar a doença do plantel. Antes dessa possibilidade, era usado o ultrassom, que não é o melhor método, pois a doença deve já estar se manifestando e pais doentes podem produzir um filhote sadio e assim não alertariam o criador até ser muito tarde...
A HCM é uma doença cardíaca comum em várias raças de gatos. É hereditária nos Maine Coon e American Shorthair, assim como nos Persas. O problema afeta as paredes da câmara esquerda do coração, que vai engrossando, podendo causar morte súbita. Tende a afetar mais os machos e gatos adultos e idosos. A incidência nesta raça é de 6.5% e - ao contrário da PKD, que pode ser logo detectada por ultrassom - esta doença deve ser regularmente testada, podendo aparecer só depois dos 7 anos edm gatos aparentemente "saudáveis".
A PRA é uma doença degenerativa do olho com herança genética autossômica recessiva - pais normais, mas que carreguem essa herança de seus antecedentes, podem ter filhotes doentes. Apesar dos criadores acreditarem que esse erro genético esteja ligado às linhas cor Chocolate e Himalaias (cores orientais), não existe um verdadeiro laço entre essas características. A doença causa problemas de visão bem cedo na vida do gatinho, entre 4 a 8 semanas de idade e progride rapidamente.
O Carcinoma de Célula Basal é um tipo de câncer de pele, mais comumentemente manifestado como um crescimento anormal na cabeça, nas costas ou na parte superior do peito, geralmente é benigno, mas em raros casos, principalmente nessa raça ele pode tornar-se maligno.
Persas Azul Fumaça (Blue Smoke) são predispostos a Síndrome de Chédiak-Higashi. Gatos brancos, especialmente os de olhos azuis, são predispostos à surdez e devem ser testados no veterinário. Displasia de Quadris é uma condição que pode estar presente em algumas linhagens, porém não se manifesta de forma tão daninha devido ao pouco peso do gato como espécie, em comparação com cães que também sofrem desse mal como as raças Pastor Alemão, Cão Dinamarquês, Bullmastiff, Akita, Samoieda, etc...
Persas são sucetíveis a má oclusão (mordida incorreta), ou seja, seus dentes podem não se encaixar perfeitamente quando o animal enta fechar a boca. Isto ocasiona uma série de problemas, já que pode dificultar muito a habilidade do animal de se alimentar (juntar a comida, manter na boca e mastiga-la). Até mesmo sem a presença dessa doença a raça sofre para se alimentar, tanto é que há rações secas específicas para Persas, com formato diferenciado, para facilitar o trabalho.
Há muitas outras doenças com ocorrência na Raça, de forma menos violenta como: Encristamento Idiopático Periocular, Pioderma de Dobras da Face, Dermatite Idiopática Facial (Síndrome da Cara Suja). Cistos Epitríquiais Múltiplos das Pálpebras, Coloboma, Sequestro de Córnea, Catarata Congênita, Aplasia de Ducto Lacrimal, Urolitíase de Oxalato de Cálcio, Criptoorquidismo (testículos que não descem), Hérnia de Períneo Cardíaco, Lupus... A origem de tantas ocorrências é a má qualidade de cruzamentos realizada por criadores não interessados em manter a saúde dos animais, mas simplesmente fazer dinheiro com a venda de filhotes de uma raça ainda muito procurada e com alta aceitação e renome no mercado de pets.
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Para Criadores - Origens de Cores e Subtipos _____________________________________________
O Tipo Boneca (Doll Face, Traditional Type) vs Tipo Pequinês (Peke-Face, Ultra Type).
Muitos criadores nos EUA, Alemanha, Itália e outras partes do mundo começaram a ter outro entendimento dos padrões pedidos pelas Associações de criadores. Mutações naturais, principalmente uma ocorrida nos gatos vermelhos no final da década de 1950, acabou por ser escolhida como a que mais atendia às especificações e caiu no gosto dos criadores que passaram a selecionar gatos de todas cores com essas características, dando origem a uma cabeça chata com focinho como o do pequinês, sem alterar o nome da raça. Algumas organizações, como a Cat Fanciers' Association (CFA), hoje consideram o Peke-face como o tipo moderno e preferível em shows.
Em resposta a isso, alguns criadores têm mantido no plantel gatos com a característica mais antiga, evitando a perda do tipo, agora denominado "Tradicional", como se viu na raça Siamês por exemplo.
Nem todas Associações reconhecem o "Doll Face" ou lhe dão algum nome em separado, a TICA não especifica a cabeça achatada, mas também não a rechaça, tornando dúbia a participação de qualquer um dos tipos. Mas como já citado, no Reino Unido, o Governing Council of the Cat Fancy (GCCF) desde e década de 90 desqualifica gatos com o padrão Peke-Face muito acentuado.
Enquanto o Ultra-type é o preferido dos ringues nos Shows de Gatos, o público parece demonstrar mais interesse no menos extremo, preferindo filhotes tipo "Boneca".
Variante: O Himalaia
É o pêlo longo em padrão ponteado (colourpoint), criado na década de 50 a partir da cruza do Persa com o Siamês. Esses cruzamentos também introduziram as cores orientais no padrão da raça Persa, acrescentando Chocolate e Lavanda (Lavender/Lilac) às cores aceitas.
O nome foi escolhido de acordo com outras espécies que também possuim a cor derivada do albinismo térmico, como os coelhos himalaia. No Reino Unido a nova raça foi chamada de Colorpoint Longhair, nos EUA o Himalaia foi classificado como outra raça até o ano de 1984 pela CFA.
Como a comunidade de criadores estava bastante discontente com a introdução da genética de outra raça em seu plantel, a CFA instituiu uma marcação diferente para todos gatos resultantes de cruzamento com o Siamês e seus descendentes, iniciando a série conhecida como 3000, ou seja, todos gatos Himalaia ou com sangue Himalaio têm ancestrais com o Pedigree começando por 3.
Variante: o Exotic Shorthair
É um gato similar em tudo ao Persa no temperamento e tipo, com a exceção da pelagem, que é curta e muito densa. Essa raça originou-se de cruzas secretas entre o Persa e o American Shorthair (ASH) nos anos 50 por criadores do ASH para melhorar a qualidade do casaco de suas linhagens. O cruzamento ganhou reconhecimento nas Exposições, mas criadores descontentes com o resultado pressionaram para que fosse criada uma nova raça ao invés de julgar-se os mestiços como puros ASH.
Assim um dos criadores do subtipo de ASH x Persa, vendo o potencial, propos a CFA para reconhecer a nova raça, o que aconteceu em 1966. Novos cruzamentos foram aprimorando o tipo para parecer mais e mais com o Persa.
Por causa do uso regular dessas cruzas, até hoje existe ainda no plantel a presença do gene recessivo que é responsável pelos pêlos longos. Na CFA e outras associações, gatinhos nascidos com pêlos longos não são considerados Persas, mas sim EXOTIC LONGHAIR. Outras entidades concordam que se denomine esses filhotes como Persas, sendo este o caso da TICA.
Variante: tamanhos Toy e teacup
Vários criadores estão buscando a miniaturização da raça, mas nenhuma entidade está reconhecendo esses animais, servindo como desencorajamento a esta prática que pode ser muito danosa à saúde das gerações futuras de gatinhos. Outros nomes usado no comércio são: Persas de palma da mão ("palm-sized"), de bolso ("pocket"), mini e Pixie.
Variante: Chinchilla Longhair / Persas Silver e Golden
São gatos que pela sua genética perderiam muito da cor dos olhos ao serem cruzados com os gatos com a mutação peke-face (de cor vermelha ou red tabby), por isso mantiveram sua estrutura óssea muito dentro do padrão original, mais antigo, tipo "Boneca". A cor dos olhos e pêlo tem tanta importância que em alguns países, para se conservar essas qualidades, mesmo em detrimento do "novo tipo", estão sendo julgados como uma raça à parte.
A Popularidade
O Persa tem decaído no gosto do público no Reino Unido, sendo que desde a década de 90 o número de Pedigrees emitidos estava caindo até que em 2001, a raça perdeu seu lugar no topo de favorita para o British Shorthair. Em 2012, já era a 6a. raça mais popular, atrás do British Shorthair, Ragdoll, Siamese, Maine Coon e do Burmese.
Na França, o Persa é a única raça cujo o registro de Pedigrees declinou entre 2003 e 2007, a percentagem foi maior que 1/4!
As variedades de cores/padrões mais pouplares de acordo com os registros da CFA são: seal point, blue point, flame point e tortie point (Himalaia), seguidos pelos bicolores black-white, os shaded silvers e os calico (particolores, escamas de tartaruga com branco).
___________________________________________________ PADRÃO TICA ~ GRUPO DE RAÇAS PERSA (PS/HI/ES) ___________________________________________________ Revised 05/01/04
O Exotic Shorthair (ES) é o equivalente em pêlo curto ao Persa e Himalaia e somente se diferencia pelo comprimento do pêlo. É aceito em TODAS as cores e padrões. Seu casaco denso e apeluciado lhe dá a aparência de um ursinho de pelúcia.
O Himalayan (HI) é um híbrido feito por seleção humana (artficial) idêntico ao Persa, mas distinto pelas marcas ponteadas nas extremidades do gato (máscara facial, patas, orelhas e cauda) que resulta em um gato que parece com o Persa mas tem as cores e os olhos aul-safira profundos dos Siameses.
O Persian (PS) tem um casaco longo, flutuando ao longo de todo corpo com um subpêlo denso, dando ao mesmo muito volume. A juba deve ser imensa, muito cheia. Todas cores/padrões tradicionais, além de sepia e mink são aceitos.
CABEÇA. . . . . . . . . . . . . . . . . . 35 points Formato. . . . . . . . . . . . . .5 Orelhas. . . . . . . . . . . . . .5 Olhos. . . . . . . . . . . . . . 10 Queixo. . . . . . . . . . . . . . 3 Nariz. . . . . . . . . . . . . . .5 Perfil. . . . . . . . . . . . . . 5 Pescoço. . . . . . . . . . . . . 2
CORPO. . . . . . . . . . . . . . . . . . .35 points Torso. . . . . . . . . . . . . . 10 Membros e patas. . . . . . . . . .5 Cauda. . . . . . . . . . . . . . .5 Ossatura. . . . . . . . . . . . .10 Musculatura. . . . . . . . . . . .5
PÊLO/COR/PADRÃO. . . . . . . . . . . . . .20 points Comprimento/Textura . . . . . . .10 Cor/Padrão . . . . . . . . . . . 10
OUTROS. . . . . . . . . . . . . . . . . . 10 points Condição. . . . . . . . . . . . . 5 Resumo. . . . . . . . . . . . . . 5
CATEGORIAS: PS: Tradicional, Sepia, e Mink. HI: Ponteadas. ES: Todas.
DIVISÕES: Todas.
COR: Todas.
CRUZAMENTOS FORA DA RAÇA (OUTCROSS) PERMITIDOS: Nenhum.
CABEÇA:
Formato: redonda, bem larga, com domo suave. Deve ser de média a grande em comparação com o tamanho do corpo. Maxilas largas e poderosas com mordida perfeita (oclusão total da dentição). Bochechas cheias e proeminentes. Expressão doce.
Orelhas: pequenas, arredondadas na ponta, sem estar abertas demais na base. Bem espaçadas entre si, integrando-se ao contorno da cabeça.
Olhos: grandes, arredondados e cheios. Colocados no mesmo nível do nariz e bem posicionados para dar uma expressão de doçura ao rosto. Cor dos olhos tem a mesma importância que tamanho e formato: PS/ES: cores profundas e brilhantes em conformidade com a cor do casaco. HI: azul safira o mais profundo possível, embora azul médio a claro seja aceitável.
Queixo: forte, cheio, bem desenvolvido, acompanhando a silhueta da face.
Nariz: quase tão largo quanto longo, com narinas abertas. O focinho deve ser curto, largo e inteiro.
Perfil: curto, com nariz arrebitado, curvatura definida na linha dos olhos. Testa, ponta do nariz e queixo numa mesma linha reta.
Pescoço: curto, grosso, musculoso.
CORPO:
Torso: atarracado, firme, seção medial bem abaulada, destaca-se em proporção. Tamanho médio a grande. Quartos traseiros curtos e nivelados. O peito é profundo. Maciço entre os ombros e a garupa. Abdomen e costelas abaulados e curtos.
Pernas: Ossos grandes, bem desenvolvidos e com musculatura firme. Vistas de frente, as pernas dianteiras devem ser curtas e retas, dispostas na largura do peito, dando uma aparência robusta, mas não como a de um buldogue. Quando vistas por trás, as pernas traseiras devem ser retas.
Pés: redondos e grandes.
Cauda: curta e reta, proporcioonal ao comprimento do corpo.
Ossatura: Pesada, resistente, mas proporcional.
Musculatura: Firme e bem desenvolvida, sem gordura em excesso.
PELAGEM/COR/PADRÃO:
Comprimento: (PS/HI) Longo por todo corpo. Cheio de vida. Subpêlo denso dá ao casaco muito volume. A juba deve ser imensa. Variações sazonais (conforme a Estação do Ano) devem ser reconhecidas. (ES) Curto, mas um pouco mais longo que nas demais raças de pêlo curto. Fofa, densa, apeluciada; pêlos se mantém em pé a partir da pele, sem deitar nela. Variações sazonais devem ser reconhecidas.
Cor: (PS/ES) Todas, como descritas na tabela TICA. (HI) Cor clara é preferível com mudança abrupta de tom nas partes que são tipicamente escuras para padrão colourpoint. Deve ser permitido áreas gradualmente mais escurecidas nos casacos de gatos maduros. Deve haver um contraste bem definido entre a cor do corpo e das pontas. As pontas (orelhas, máscara, pernas, pés e cauda) devem mostrar a cor básica do gato.
OUTROS: Condição/Resumo: Deve refletir excelente saúde e vigoroso poder com bom tônus muscular, musculatura bem desenvolvida, mas sem obesidade. Todas partes do corpo devem ser proporcionais às outras.
DESCRIÇÃO GERAL: O PS/HI/ES ideal é um gato forte, com ossatura e musculatura excelentes, um gato bem balanceado que dá impressão de poder e vigor. A face deve ser arredondada com uma expressão doce e prazerosa e olhos bem grandes, redondos e expressivos. O gato deve ser bem-balanceado fisica e mentalmente, gentil e ameno durante o manuseio.
PERMISSÕES: Deve ser considerado o fato das fêmeas serem menores geralmente que os machos, ainda assim em proporção e equilíbrio com o tamanho delas.
PENALIDADES: Nariz romano (aquilino); focinho fino; mandíbula moderadamente deslocada para frente ou para trás; deformidade na oclusão dentária. Falta de dentes caninos em gatos adultos. Assimetria: embora a natureza jamais cria estruturas perfeitamente simétricas, deve-se reconhece qualquer estrutura obviamente assimétrica na cabeça (por ex. nariz fora do centro, boca torta, etc). Tal assimetria deve ser penalizada conforme a severidade. Orelhas que sejam grandes, pontudas, caindo para os lados da cabeça ou muito juntas. Um peito estreito ou dorso muito longo. Tônus muscular fraco. Pelagem em má condição. Flancos retos. Olhos pequenos ou muito próximos, ou com cores pálidas e fracas.
WITHHOLD ALL AWARDS (WW): Falta de mérito em sua totalidade. Nós ou falhas na pelagem. Má condição do animal. Himalaios com outra cor de olhos a não ser azul.
DESQUALIFICAÇÃO (DQ): Cauda torta. Má oclusão dentária severa ou estrutura facial extremamente assimétrica; olhos vesgos ou estrábicos ou que não focam apropriadamente. Mandíbula severamente prognata ou retrognata. O temperamento deve ser calmo. Qualquer sinal de desafio bem definido às pessoas fará o gato ser desqualificado. O gato pode exibir medo, tentar fugir ou reclamar, desde que não se configure ataque. De acordo com o Regulamento dos Shows, ARTIGO 16, o seguinte deve ser considerado como desqualificações mandatórias: um gato que morde (216.9), um gato que demonstra que está fingindo (216.10), gatos machos adultos inteiros que não tem ambos testículos descidos (216.11), gatos com toda ou parte da cauda faltando , exceto para as raças aprovadas pela Diretoria (216.12.1), gatos com mais ou menos de 5 dedos em cada pata dianteira e 4 em cada pata traseira, exceto se a condição já for aprovada para a raça pela Diretoria ou que seja provada que a causa foi acidental (216.12.2), qualquer defeito na cauda - visível ou invisível - caso seja aprovado assim pela Diretoria (216.12.4), olhos vesgos caso seja aprovado pela Diretoria (216.12.5), cegueira total (216.12.6), tamanho notadamente menor (nanismo) em desacordo com o padrão da raça (216.12.9), e afundamento do osso esterno ou diâmetro da caixa torácica (costelas) anormalmente menor (216.12.11.1).
Ver REGULAMENTO DOS SHOWS, ARTIGO DEZESSEIS para mais esclarecimentos nas regras referentes às penalidades e desqualificação.
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Referências: _________________________________________________
http://www.animalplanet.com/tv-shows/cats-101/videos/persian/ http://cattime.com/cat-breeds/persian-cats#/slide/1 http://cfa.org/Breeds/BreedsKthruR/Persian.aspx https://en.wikipedia.org/wiki/Persian_cat http://www.tica.org/find-a-breeder/item/249-persian-introduction http://www.vetstreet.com/cats/persian#1_ugw20zmq